PARÁBOLAS BÍBLICAS

O BOM SAMARITANO (Lucas 10. 30-35)
Resumo da parábola

Essa parábola originou-se da pergunta de um intérprete da lei (um advogado e também religioso), que buscava testar Jesus: “Ele, porém, querendo justificar-se, perguntou a Jesus: Quem é o meu próximo?” (Lc 10. 29).

Buscando responder a essa pergunta, Jesus conta uma história: O cenário dessa parábola é o caminho entre Jerusalém e Jericó. Um homem, viajando por esse caminho, veio a ser interceptado por bandidos que, depois de o roubarem, ainda o deixaram gravemente ferido. Três personagens são inseridos por Jesus na história: Um sacerdote, um levita e um samaritano. O sacerdote e o levita eram religiosos. Esperava-se deles que fossem praticantes da palavra de Deus, pois a conheciam. Eles sabiam o que tinham de fazer. Já o samaritano era considerado pelos judeus uma pessoa de segunda qualidade, indigna, pois eram inimigos. O detalhe da história é que o sacerdote e o levita nem ligam para o homem que acabara de ser assaltado e agredido, mas o samaritano faz de tudo para salvar esse homem.
Ensino

Jesus critica aqui a falsa religiosidade. A falsa religiosidade é o ato de apenas ter uma religião, praticar rituais ou aparentar ser um crente. É a hipocrisia, a falsidade. O sacerdote e o levita deveriam exercitar seu amor por alguém que precisava, já que tinham o conhecimento da vontade de Deus. Provavelmente, já que ninguém estava olhando, ignoraram o problema e desviaram o seu caminho, deixando aquele homem ali sofrendo. Mostraram com isso o quão distantes estavam de um relacionamento sério com Deus e com o próximo.

A inserção do samaritano nessa história mostra que o “status” não vale nada. Os samaritanos tinham o “status” de odiados e de indignos e o sacerdote e levita de “santos”. No entanto, a atitude de bondade desse samaritano, mostra que é isso que realmente agrada a Deus. O samaritano doou-se completamente ao homem que necessitava, empregando cuidado, tempo e até dinheiro. Essa é a atitude que Jesus quer ver. Em outras palavras, Jesus quer ver obras decorrentes da fé e não uma fé vazia de boas obras.
 

 

 

PARÁBOLAS DA OVELHA PERDIDA

 

 
 

 


«

Vede não desprezeis um destes pequeninos; porque vos digo que os seus anjos nos céus vêem incessantemente a face de meu Pai celestial. {Porque o Filho do homem veio salvar o que havia perecido.} Que vos parece? Se um homem tiver cem ovelhas e uma delas se extraviar, não deixa as noventa e nove e vai aos montes procurar a que se extraviou? Se acontecer achá-la, em verdade vos digo que se regozija mais por causa desta, do que pelas noventa e nove que não se extraviaram. Assim não é da vontade de vosso Pai que está nos céus, que pereça um só destes pequeninos.

» (Mateus 18:10-14)

 

 

 

No Evangelho de Lucas:

 

 

«

Aproximavam-se de Jesus todos os publicanos e pecadores para o ouvir. Os fariseus e os escribas murmuravam: Este recebe pecadores e come com eles. Jesus propôs-lhes esta parábola: Qual de vós é o homem que, possuindo cem ovelhas e tendo perdido uma delas, não deixa as noventa e nove no deserto, e não vai em busca da que se havia perdido até achá-la? Quando a tiver achado, põe-na cheio de júbilo sobre os seus ombros; e chegando à casa, reúne os seus amigos e vizinhos e diz-lhes: Regozijai-vos comigo, porque achei a minha ovelha que se havia perdido. Digo-vos que assim haverá maior júbilo no céu por um pecador que se arrepende, do que por noventa e nove justos, que não necessitam de arrependimento.

»(Lucas 15:1-7)

     

     
   
     
 

PARÁBOLA DO SEMEADOR

 

 
 

 


 
– Escutem! Certo homem saiu para semear.
Quando estava espalhando as sementes, algumas caíram na beira do caminho, e os passarinhos comeram tudo.
Outra parte das sementes caiu num lugar onde havia muitas pedras e pouca terra. As sementes brotaram logo porque a terra não era funda.
Mas, quando o sol apareceu, queimou as plantas, e elas secaram porque não tinham raízes.
Outras sementes caíram no meio de espinhos, que cresceram e sufocaram as plantas.
Mas as sementes que caíram em terra boa produziram na base de cem, de sessenta e de trinta grãos por um. E Jesus terminou, dizendo: – Se vocês têm ouvidos para ouvir, então ouçam.

»(Mateus 13:3-9)

 

 
     
 

PARÁBOLA DO  JOIO E O TRIGO

 

 
   
 

 

– O Reino do Céu é como um homem que semeou sementes boas nas suas terras.
 Certa noite, quando todos estavam dormindo, veio um inimigo, semeou no meio do trigo uma erva ruim, chamada joio, e depois foi embora.
 Quando as plantas cresceram, e se formaram as espigas, o joio apareceu.
 Aí os empregados do dono das terras chegaram e disseram: “Patrão, o senhor semeou sementes boas nas suas terras. De onde será que veio este joio?”     – “Foi algum inimigo que fez isso!”, respondeu ele. – E eles perguntaram: “O senhor quer que a gente arranque o joio?”  – “Não”, respondeu ele, “porque, quando vocês forem tirar o joio, poderão arrancar também o trigo.
 Deixem o trigo e o joio crescerem juntos até o tempo da colheita. Então eu direi aos trabalhadores que vão fazer a colheita: ‘Arranquem primeiro o joio e amarrem em feixes para ser queimado. Depois colham o trigo e ponham no meu depósito.’ ”

Jesus explica a parábola do Joio – Mateus 13: 36-43


 Então Jesus deixou a multidão e voltou para casa. Os discípulos chegaram perto dele e perguntaram: – Conte para nós o que quer dizer a parábola do joio. 
Jesus respondeu: – Quem semeia as sementes boas é o Filho do Homem.
 O terreno é o mundo. As sementes boas são as pessoas que pertencem ao Reino; e o joio, as que pertencem ao Maligno.
 O inimigo que semeia o joio é o próprio Diabo. A colheita é o fim dos tempos, e os que fazem a colheita são os anjos.
 Assim como o joio é ajuntado e jogado no fogo, assim também será no fim dos tempos.
 O Filho do Homem mandará os seus anjos, e eles ajuntarão e tirarão do seu Reino todos os que fazem com que os outros pequem e também todos os que praticam o mal.
 Depois os anjos jogarão essas pessoas na fornalha de fogo, onde vão chorar e ranger os dentes de desespero.
 Então o povo de Deus brilhará como o sol no Reino do seu Pai. Se vocês têm ouvidos para ouvir, então ouçam.

(Mateus 13: 24-29)

 
 

 
     
 

PARÁBOLA DA SEMENTE DE MOSTARDA

 

 
   

 

Jesus contou outra parábola. Ele disse ao povo:
– O Reino do Céu é como uma semente de mostarda, que um homem pega e semeia na sua terra.

Ela é a menor de todas as sementes; mas, quando cresce, torna-se a maior de todas as plantas. Ela até chega a ser uma árvore, de modo que os passarinhos vêm e fazem ninhos nos seus ramos.

(Mateus 13.31-32; Marcos 4.30-32; Lucas 13.18-19)

 

 
     
 

A PARÁBOLA DO FERMENTO

 

 
   

 

Outra parábola lhes disse: O Reino dos céus é semelhante ao fermento que uma mulher toma e introduz em três medidas de farinha, até que tudo esteja levedado. 
Tudo isso disse Jesus por parábolas à multidão e nada lhes falava sem parábolas, para que se cumprisse o que fora dito pelo profeta, que disse: Abrirei em parábolas a boca; publicarei coisas ocultas desde a criação do mundo.

(Mateus 13: 33-35)

 

 

 

A PARÁBOLA DO FILHO PERDIDO

 

 
     
 

 

E Jesus disse ainda: – Um homem tinha dois filhos.
 Certo dia o mais moço disse ao pai: “Pai, quero que o senhor me dê agora a minha parte da herança.” – E o pai repartiu os bens entre os dois.
 Poucos dias depois, o filho mais moço ajuntou tudo o que era seu e partiu para um país que ficava muito longe. Ali viveu uma vida cheia de pecado e desperdiçou tudo o que tinha. – O rapaz já havia gastado tudo, quando houve uma grande fome naquele país, e ele começou a passar necessidade.
 Então procurou um dos moradores daquela terra e pediu ajuda. Este o mandou para a sua fazenda a fim de tratar dos porcos.
 Ali, com fome, ele tinha vontade de comer o que os porcos comiam, mas ninguém lhe dava nada.
 Caindo em si, ele pensou: “Quantos trabalhadores do meu pai têm comida de sobra, e eu estou aqui morrendo de fome!
 Vou voltar para a casa do meu pai e dizer: ‘Pai, pequei contra Deus e contra o senhor
 e não mereço mais ser chamado de seu filho. Me aceite como um dos seus trabalhadores.’ ”Então saiu dali e voltou para a casa do pai. – Quando o rapaz ainda estava longe de casa, o pai o avistou. E, com muita pena do filho, correu, e o abraçou, e beijou.
 E o filho disse: “Pai, pequei contra Deus e contra o senhor e não mereço mais ser chamado de seu filho!” – Mas o pai ordenou aos empregados: “Depressa! Tragam a melhor roupa e vistam nele. Ponham um anel no dedo dele e sandálias nos seus pés.
 Também tragam e matem o bezerro gordo. Vamos começar a festejar
 porque este meu filho estava morto e viveu de novo; estava perdido e foi achado.” – E começaram a festa. – Enquanto isso, o filho mais velho estava no campo. Quando ele voltou e chegou perto da casa, ouviu a música e o barulho da dança.
 Então chamou um empregado e perguntou: “O que é que está acontecendo?”
 – O empregado respondeu: “O seu irmão voltou para casa vivo e com saúde. Por isso o seu pai mandou matar o bezerro gordo.” – O filho mais velho ficou zangado e não quis entrar. Então o pai veio para fora e insistiu com ele para que entrasse.
 Mas ele respondeu: “Faz tantos anos que trabalho como um escravo para o senhor e nunca desobedeci a uma ordem sua. Mesmo assim o senhor nunca me deu nem ao menos um cabrito para eu fazer uma festa com os meus amigos.
 Porém esse seu filho desperdiçou tudo o que era do senhor, gastando dinheiro com prostitutas. E agora ele volta, e o senhor manda matar o bezerro gordo!”
 – Então o pai respondeu: “Meu filho, você está sempre comigo, e tudo o que é meu é seu.
 Mas era preciso fazer esta festa para mostrar a nossa alegria. Pois este seu irmão estava morto e viveu de novo; estava perdido e foi achado.

(Lucas 15: 11-32)

 
     
     
 

AS PARÁBOLAS DO TESOURO ESCONDIDO, DA PÉROLA E DA REDE  

 

 
   
 

 

Também o Reino dos céus é semelhante a um tesouro escondido num campo que um homem achou e escondeu; e, pelo gozo dele, vai, vende tudo quanto tem e compra aquele campo.
Outrossim, o Reino dos céus é semelhante ao homem negociante que busca boas pérolas; e, encontrando uma pérola de grande valor, foi, vendeu tudo quanto tinha e comprou-a.
Igualmente, o Reino dos céus é semelhante a uma rede lançada ao mar e que apanha toda qualidade de peixes. 
E, estando cheia, a puxam para a praia e, assentando-se, apanham para os cestos os bons; os ruins, porém, lançam fora. Assim será na consumação dos séculos: virão os anjos e separarão os maus dentre os justos. E lançá-los-ão na fornalha de fogo; ali, haverá pranto e ranger de dentes.
E disse-lhes Jesus: Entendestes todas estas coisas? Disseram-lhe eles: Sim, Senhor. E ele disse-lhes: Por isso, todo escriba instruído acerca do Reino dos céus é semelhante a um pai de família que tira do seu tesouro coisas novas e velhas.

(Mateus 13:44-52)